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Ensaio Tropixel

Enviado por efeefe, ter, 03/11/2014 - 22:43

Com o objetivo de continuar e aprofundar as colaborações que surgiram a partir da realização do festival Tropixel em outubro passado, estamos elaborando uma programação mais focada e em pequena escala. São os Ensaios Tropixel, dedicados a desenvolver ideias e concretizá-las. A primeira edição acontece no fim de semana de 5 e 6 de abril, aqui em Ubatuba, e será realizada em parceria com o Labmovel. Saiba mais sobre o Ensaio Tropixel #1 e participe!

http://tropixel.ubalab.org/ensaio/abril14
 

Partiu Tropixel

Enviado por efeefe, sex, 10/18/2013 - 02:14

Produzir o festival Tropixel tem sido uma jornada incrível. O ritmo se intensificou nos últimos dias. Tenho feito jornadas extensas (ontem mesmo comecei às oito e quinze, e ainda não parei agora, quase duas da manhã de um novo dia). Além da comissão organizadora do festival que me acompanha, quase toda à distância, há meses, agora a Malu Andrade também chegou para somar. Hoje de manhã a Carolina Striemer me acompanhou pela cidade colando cartazes, e à tarde nossa filha me acompanhou por aí, negociando, conversando com as pessoas, chamando cada vez mais gente.

Tenho cada vez mais certeza de que o festival vai reverberar por muito tempo nessa cidade. Me parece que mesmo que a gente cancelasse tudo agora e nenhum dos convidados de fora aparecesse, ainda assim já veríamos muitos resultados. A aspiração dessa cidade por transformação, pelo reconhecimento de seus méritos e pelo desenvolvimento de seus talentos já está aqui, latente. Nessa preparação do festival, fiz mais de uma vez movimentos pequenos de aproximação entre pessoas que já deveriam ter se aproximado antes, mas faltava só aquele empurrãozinho. Toda essa projeção, esse exercício de imaginar futuros melhores para Ubatuba, para as pessoas que vivem aqui e para a natureza que a preenche e transborda pode acontecer pelas cabeças e mãos das pessoas daqui, se nós simplesmente começarmos a trabalhar juntos.
Ainda assim a gente quer trocar, a gente quer aprender, a gente quer interferir e criar. Daqui até o fim do mês a cidade está repleta de acontecimentos. O Tropixel é só mais um deles. Mas é um acontecimento de peso. Vamos receber entre quarenta e cinquenta pessoas envolvidas diretamente com uma ou outra atividade do festival. Ou seja, não são espectadores e nem meros turistas, não são pessoas só de passagem por aqui. São ativistas, pesquisadorxs, cientistas, artistas, produtorxs culturais. Gente que faz a diferença, em muitos lugares do mundo. Gente que vem para unir forças a todo mundo que tenta entender e melhorar Ubatuba.
Começaremos o festival na segunda-feira, dia 21, com um painel importante sobre Políticas Culturais e Transformação Social. A ideia é refletir sobre como o fazer cultural pode apontar caminhos para um modelo de desenvolvimento que seja includente, colaborativo, sustentável e solidário. Teremos a presença de Celio Turino, criador - lá se vai uma década - do programa Cultura Viva, que implantou os Pontos de Cultura; e de Americo Cordula, Secretário de Políticas Culturais do Ministério da Cultura.
Na terça o festival conta com o Seminário Sincronizando..., que traz discussões contemporâneas sobre cidade, resíduos eletroeletrônicos, bioarte e turismo sustentável. Nos dois dias seguintes, a cidade é tomada por projetos experimentais: explorações fotográficas, investigação de campo, desenvolvimento de tecnologias, oficinas, mapeamentos, projeções, intervenções urbanas, criação performática, troca de conhecimentos e muito mais. A quarta-feira se encerra com um Fórum, organizado em parceria com a Prefeitura, sobre planos de desenvolvimento de tecnologias em Ubatuba. Na quinta, vamos lançar a segunda edição da Facta - revista de Gambiologia. O Ônibus Hacker e o Labmovel circulam pela cidade com oficinas e projetos.
Na sexta-feira,  dia 25, todos os times que se espalharam pela cidade reunem-se para promover a OCUPA. - ocupação cultural do Perequê-Açu. Vamos transformar, ao menos por um dia, o terminal turístico que ficou tanto tempo abandonado em um centro cultural comunitário, vibrante e dinâmico.
Alguns participantes (e o Ônibus Hacker) vão até estender sua visita a Ubatuba, para prestigiar o aniversário da cidade na segunda-feira.
Todo esse texto somente para contar que a programação está praticamente finalizada. Acessem aqui: http://tropixel.ubalab.org/ubatuba
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E para não perder a viagem, se alguém leu TUDO ISSO e se interessou, confesso que o festival ainda precisa resolver algumas coisas. Tomamos a decisão de contemplar o máximo possível de propostas enviadas ao festival. No momento, estamos com condições de cobrir o transporte e a hospedagem de quase todas entre aquelas dezenas de pessoas que mencionei acima. Mas ainda faltam recursos para bancar a alimentação, o material para algumas oficinas e mais algumas coisinhas. A gente queria arrecadar muito mais do que conseguimos com a vaquinha online - e eu agradeço profundamente às doações significativas que por ali apareceram. Mas não tivemos condições de dar tanta atenção assim à divulgação dela. Ainda assim, vamos mantê-la no ar. Se o processo do Tropixel vale alguma coisa para você, peço que nos ajude a garantir o bem estar de nossos convidados na próxima semana. Hospedagem solidária; almoços pagos; doações de pizzas, esfihas e afins serão aceitas. Dinheiro, naturalmente, também: http://tropixel.ubalab.org/pt-br/apoio

Festival Tropixel

Enviado por efeefe, sex, 08/02/2013 - 18:01

Já faz aproximadamente três anos que tenho buscado articular ações concretas entre o contexto local de Ubatuba e um sem-número de referências contemporâneas sobre reflexão e prática transformadoras. Nesse meio-tempo conheci bastante gente, testei ideias, provoquei algumas questões. Desde quando comecei a articular o ubalab como esporo de cultura digital, já me perguntava sobre a viabilidade e relevância de pensar algum evento em Ubatuba ligado ao que então eu chamava de "cultura livre". Vieram o encontrinho do MutGamb e o encontrão Hipertropical da MetaReciclagem. O primeiro era uma reunião de trabalho, restrita ao grupo de pessoas responsável pelo MutGamb. O segnundo já ensaiava um movimento mais aberto, mas era ainda um encontro de rede, de pessoas que já se conheciam e compartilhavam - mesmo que com enorme diversidade - uma série de referências e anseios. Por mais que fosse um evento aberto à participação, da perspectiva da cidade ele se colocava como uma construção autorreferente.

Encontrão Hipertropical de MetaReciclagem

Nesse meio-tempo, continuei observando e acompanhando tanto os ritmos da cidade quanto os circuitos mundo afora. Participei de mais alguns eventos. Fiquei curioso e esperançoso com o que me parece uma mudança de orientação com a nova administração municipal. Testemunhei feliz o alto nível de participação nas conferências municipais e eventos similares.

Preparando o Pixelache, em maio, eu pude pensar bastante a respeito de formatos. Aquele modelo de atuação altamente estruturado e quase inescapável dos eventos em cidades ocidentais contemporâneas, que acabamos quase forçados a adotar em Helsinque - seminário, exposição em um lugar central, workshops, programação bem definida, separação clara entre público e participantes - me parecia bastante questionável para o contexto de Ubatuba. Já durante o Camp Pixelache, na ilha de Naissaar - que tinha um formato solto, mais para encontro de rede -, eu fiquei imaginando meus planos para o festival em Ubatuba como um jogo de cartas. Seminário seria uma carta, a ser usada com intenções específicas, que tinha pressupostos e limitações bem particulares. Mostra, oficinas, atividades ao ar livre, refeições - todas cartas que podem ser jogadas, mas devem ser muito bem avaliadas. Cada uma tem um efeito diferente na realidade, na dinâmica do encontro, na expectativa de participantes. Conversei com muita gente sobre a intenção de fazer alguma coisa por aqui, e fiz uma pequena apresentação-convite em uma sessão do Camp Pixelache. A primeira semente estava lançada.

Apresentando os planos para Ubatuba durante o Camp Pixelache - Foto de Kruno Jost (Gentlejunk)

Comecei então a planejar de maneira mais concreta a realização de um Festival em Ubatuba. Chamo de Festival, e não encontro, porque dessa vez imagino um evento voltado "para fora", que busque relacionar-se com pessoas que ainda não estão habituadas com todo aquele universo conceitual da cultura livre, do ativismo midiático, dos rizomas e TAZes, do código livre/aberto e da bricolagem tecnológica. É também uma maneira de testar a hipótese do Festival como Laboratório Vivo como o Future Everything propõe. O Festival se relaciona, naturalmente, com outros projetos que quero viabilizar na cidade no futuro: um espaço dedicado ao recondicionamento, apropriação crítica e experimentação criativa com equipamentos eletrônicos descartados (com base na MetaReciclagem e levando em conta a complexidade da questão do lixo eletrônico) e um espaço de trabalho e agenciamento para projetos de cultura e educação (ou os dois espaços em um só, a depender do que vier pela frente).

O festival já tem nome e site: Tropixel. Tem data marcada (21 a 25 de outubro de 2013) e lugar para acontecer (em três ou quatro lugares de Ubatuba). Está sendo planejado por pessoas que eu muito admiro. Ele se insere, como já sugeri acima, em um histórico que vem de longe, e cujos capítulos mais recentes são o Labx no festival CulturaDigital.br, o Encontrão Hipertropical de MetaReciclagem, a Cigac Semiárido, a programação Bricolabs no Pixelache 2013.

Como o nome sugere, o festival Tropixel aproxima-se da rede de eventos Pixelache. Ao longo das conversas, decidimos deixar de lado o enfoque em cultura digital e ampliá-lo para "arte, ciência, tecnologia e sociedade". Queremos nos aprofundar em três grupos de temas: ambientes, pessoas e coisas. Vamos organizar um seminário de um dia, seguido de três dias de laboratório temporário e nômade. E estamos abertos a receber propostas de participação, através de uma chamada. Ainda estamos buscando apoio financeiro mais concreto para decidir se teremos como bancar hospedagem e transporte para as propostas aceitas, mas arranjos solidários e compartilhados também são possíveis.


P.S.: Valeu Bica pelo toque de revisão ;)

Oficinas - Rádio e Mapas

Enviado por efeefe, sab, 07/27/2013 - 17:37

Publicando alguns resultados das oficinas de Rádio e Mapas que desenvolvemos na Semana de Educação de Ubatuba:


Oficinas Ubalab

Enviado por efeefe, seg, 07/22/2013 - 16:26

Eu e Jorge Miguez estamos ministrando duas oficinas na Semana de Educação de Ubatuba, que acontece nos próximos dias na Escola Municipal Tancredo Neves. Uma oficina é sobre mapeamento digital, propondo maneiras de utilização da cartografia experimental como ferramenta de educação, problematização social e conscientização política. A outra oficina é sobre rádio digital, com foco no ambiente escolar.

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